Notícia

“Mulheres em Profundanças”, em Ilhéus-BA

Depois de circular por Garanhuns e Recife (PE), fomentando debates sobre a invisibilidade de mulheres no mercado editorial brasileiro, processos criativos e formas de resistência, escritoras e fotógrafes do livro “Profundanças 2: antologia literária e fotográfica” participam da Roda de Conversa “Mulheres em Profundanças”, na Academia de Letras de Ilhéus, no próximo dia 28, às 19h.  O evento é aberto ao público.

Arte: Ícaro Gibran

A fim de contribuir com a difusão literária independente, durante a roda de conversa serão realizados recital, leitura pública de fragmentos literários com as escritoras Lorenza Mucida, Haísa Lima, Laiz Carvalho, Daniela Galdino; um bate-papo com a fotógrafa Catarina Barbosa, seguido de um debate com o público.

Ilhéus será a primeira cidade baiana a participar do circuito de debates promovido por Profundanças. Em seguida, Itabuna, Cachoeira, Brumado e Salvador estarão nessa rota. A intenção é mobilizar um vasto público interessado em literatura e, também, ampliar o grupo de leitoras/es dessa antologia. Para a realização dessas rodas de conversa , a equipe de Profundanças tem firmado parcerias com instituições e coletivos culturais ligados à difusão literária.

Criado há pouco mais de dois anos pela poeta/performer itabunense, Daniela Galdino, o projeto ‘Profundanças’ conta com a parceria da Voo Audiovisual e já resultou na publicação de duas antologias literárias e fotográficas, sendo a primeira lançada em 2014. Este ano, em pleno aniversário da pintora mexicana Frida Kahlo (06 de julho), foi lançado o Profundanças 2,  resultado de uma ação colaborativa, sem fins lucrativos e independente, que reúne poemas, contos e crônicas de autoria de 16 mulheres, além de ensaios fotográficos que retratam o cotidiano dessas escritoras realizados por 19 ‘fotógrafes’, somando talentos da Bahia, Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Norte. Para fazer o download gratuito do livro, basta acessar: http://vooaudiovisual.com.br/profundancas2/

 

Insurgentes contra lógica da invisibilidade 

Nesta segunda edição, a pluralidade de experiências e a dissidência de vozes encontram um ponto em comum, que é a palavra escrita de artistas negras, não negras e trans não-binárias, que são: Aidil Araújo Lima (BA), Ana Mendes (RN), Andréa Mascarenhas (BA), Daniela Galdino (BA), Dayane Rocha (PE), Débora Ramos (PE), Erika Cotrim (BA), Haisa Lima (BA), JeisiEkê de Lundu (BA), Laiz Carvalho (BA), Larissa Pereira (BA), Lílian Almeida (BA), Mel Andrade (BA/SE), Miriam Alves (SP), Rita Santana (BA), Thalita Peixe de Medeiros (PE).

Já os ensaios fotográficos são assinados por Adrian Greyce, Ana Lee, Andrezza Tavares, Brenda Matos, Camila Camila, Catarina Barbosa, Cláudio Gomes, Haísa Lima, Henrique Valença, Inajara Diz, João Caique, João Santana, Josi Oliveira, Lanmi Tripoli, Leticia Ribeiro, Mariana Lisboa, Shai Andrade, Rodrigo Iris e Ytallo Barreto.

“Profundanças 2: antologia literária e fotográfica” novamente busca insurgir contra a lógica de invisibilidade literária imputada às mulheres no mercado editorial brasileiro. Por essa intenção, a obra recebeu uma Moção de Louvor aprovada por unanimidade pela Câmara de Vereadores de Itabuna, no dia 08 de agosto.

 

O que: Roda de conversa “Mulheres em Profundanças”

Quando: 28.09.2017, Às 19h

Onde: Academia de Letras de Ilhéus (R. Antônio Lavigne Lemos, 39, Centro, Ilhéus)

 

Programação:

19:00 – Abertura

19:15 – Roda de Conversa “Mulheres em Profundanças” + Recital + Leitura pública de fragmentos literários
Escritoras: Lorenza Mucida, Haísa Lima, Laiz Carvalho, Daniela Galdino. Fotógrafa: Catarina Barbosa
20:15 – Debate com o público

 

Sobre as Escritoras

Foto: Ana Lee

 Daniela Galdino: Poeta, Performer e Profa. de Literatura na UNEB. Nascida em terras grapiúnas, costuma se espalhar pelo mundo. Em 2014 idealizou o projeto Profundanças. Publicou ‘Inúmera’ (2011, 2013, Mondrongo) e ‘Vinte poemas caleiDORcópicos’ (2005, Via Litterarum). Participou de antologias, dentre elas, ‘Autores baianos’ (P55, Secult-Ba, 2013), ‘Fora tema’ – cartonera (Funceb, 2016), ‘Revista Organismo’ (ed. Organismo, 2015). Tem poemas na versão impressa e eletrônica do Mapa da Palavra_Ba (Funceb, 2016). Mantém o blog: www.operariadasruinas2.blogspot.com

 

 

Foto: Catarina Barbosa

Haisa Lima. Ilheense nascida em 26 de março de 1990, pensava em cursar jornalismo pelo amor à escrita – porém graduou-se em Comunicação Social RTV (UESC), apaixonando-se também por design e fotografia. Como a palavra é perene, danou a fazer Mestrado em Letras (UESC). É militante feminista e LGBT. Quanto à poesia, esta sempre esteve lá, mas nunca ganhou concurso nem partilhou antologias; em vez disso, vagou nuns blogs e numas gavetas, carregando amores e vislumbres cósmicos.

 

 

Foto: Mariana Lisboa e Joao Caíque

Laiz Carvalho. Nascida em Itabuna (BA), em 14 de outubro de 1978. Cursou Letras na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) nos idos de 2002 a 2006. Especializou-se em Literatura Comparada na mesma instituição. Em 2007, ingressou na rede estadual de ensino da Bahia e desde então leciona Língua Portuguesa/Literatura. Vive no mato… Gosta do mato… Segue arquitetando casas de João no barro maleável das poesias mais íntimas.

 

 

Foto: Andreza Mona

Lorenza Mucida. Atriz, Educadora, Poeta. A mulher das Gerais, modelada em vários Estados brasileiros e com múltiplas linguagens compõem o seu mundo. Atrás do horizonte derrama sonhos, rosas e preza sempre por felicidade. Energiza-se com o natural formador de si e se assusta, ainda, com os relâmpagos humanos. Habita Itabuna-Ba no tempo atual, mas está sempre em busca dos ares que a vivificam. Sorri para todas as possibilidades e arranja-se por entre elas. Pressente mudanças pelo faro e rompe-se por completo quando é chamada à metamorfose. Como poeta, participa de Profundanças 1: antologia literária e fotográfica (Voo Audiovisual, 2014) e da antologia Outras Carolinas (Editora Penalux, 2017).

 

 

 

 

Sobre a Fotógrafa

 Catarina Barbosa tem 22 anos e nasceu em Salvador, mas morava em Ilhéus (BA) desde os cinco anos. É jornalista formada pela UFOP, mas atualmente é fotógrafa freelancer. Já morou em Vitória da Conquista (BA), Mariana (MG) e em Faro (Portugal). Considera-se pertencente ao mundo e pretende conquistá-lo aos poucos. Cobriu fotograficamente a tragédia do rompimento da barragem de Mariana e por isso teve foto exposta no 6º Festival de Fotografia de Tiradentes (MG). É feminista e trabalha com ensaios que abordem o assunto.