UFSB/campus Jorge Amado entra no circuito Profundanças

Após ter circulado por cidades de Pernambuco, Academia de Letras de Ilhéus, IPHAN/Cachoeira e UESC, escritoras e fotógrafes de Profundanças estarão na UFSB/campus Jorge Amado, no dia 24/10, terça-feira. A universidade abrirá as portas para acolher a Roda de Conversa Mulheres Negras em Profundanças – evento integrante do Livro Profundanças 2 – antologia literária e fotográfica.  O evento, aberto ao público, será realizado no auditório do campus, às 19h.

Fruto de uma parceria entre o projeto Profundanças, a Voo Audiovisual , a UFSB e o Projeto Paulo Freire, o evento terá como tema “Re-existência de mulheres negras na literatura e fotografia”. A ideia do encontro é promover debates sobre vozes dissidentes na literatura contemporânea, dissonâncias na difusão do trabalho de mulheres escritoras e a necessidade de publicações alternativas ao grande mercado. Além disso, o público será prestigiado com recital e leitura pública de fragmentos literários realizados pelas próprias escritoras.

Na UFSB, “Mulheres em Profundanças” terá participação de Miriam Alves, paulista, uma das precursoras dos Cadernos Negros (série de publicações literárias iniciada em 1978 e que tem revelado nomes da literatura negra aqui no Brasil). Com vasta trajetória literária, Miriam foi  integrante do grupo Quilombhoje (de 1980 a 1989) . Miriam Alves virá ao sul da Bahia especialmente para participar das rodas de Profundanças, e se juntará Larissa Pereira, (escritora, educadora da rede Municipal de Itabuna), Daniela Galdino (Poeta, Performer, Professora da UNEB e idealizadora de Profundanças), Andreza Mona (Fotógrafa baiana que tem se destacado em projetos de autorrepresentação de mulheres negras).

Convidada especial

Como forma de intensificar os diálogos com a comunidade acadêmica da UFSB, nessa edição da roda de conversa, Profundanças convida a escritora Izadora Guedes (Técnica da UFSB), que lançou recentemente o mini livro de poesia Izadora Guedes/Roney Jorge, num diálogo entre poesia e imagem. Apesar de não fazer parte das antologias de Profundanças, trata-se de uma multiartista que em muito tem a nos dizer, e cujos dizeres se somam às outras mulheres do projeto.

Projeto Profundanças 

Há pouco mais de dois anos em parceria com a Voo Audiovisual, o projeto Profundanças foi criado pela poeta/ performer Daniela Galdino, que organizou as duas edições do livro Profundanças – antologia literária e fotográfica, o primeiro lançado em 2014 e o segundo no dia do aniversário de Frida Kahlo, em 06/07 deste ano. O livro é disponibilizado gratuitamente em formato digital no seguinte link: http://vooaudiovisual.com.br/projects/profundancas2/ . O projeto tem em sua essência reunir autoras inéditas (em sua maioria) e jovens fotógrafes, num diálogo de linguagens em experimentações. Profundanças destaca artistas invisíveis ao mercado, que produzem e se fazem presença nos caminhos alternativos da promoção e difusão literária.

Na edição recente participam: Aidil Araújo Lima (BA), Ana Mendes (RN), Andréa Mascarenhas (BA), Daniela Galdino (BA), Dayane Rocha (PE), Débora Ramos (PE), Erika Cotrim (BA), Haisa Lima (BA), JeisiEkê de Lundu (BA), Laiz Carvalho (BA), Larissa Pereira (BA), Lílian Almeida (BA), Mel Andrade (BA/SE), Miriam Alves (SP), Rita Santana (BA), Thalita Peixe de Medeiros (PE).

Já os ensaios fotográficos são assinados por Adrian Greyce, Ana Lee, Andrezza Tavares, Brenda Matos, Camila Camila, Catarina Barbosa, Cláudio Gomes, Haísa Lima, Henrique Valença, Inajara Diz, João Caique, João Santana, Josi Oliveira, Lanmi Tripoli, Leticia Ribeiro, Mariana Lisboa, Shai Andrade, Rodrigo Iris e Ytallo Barreto.

O que: Roda de Conversa “Mulheres em Profundanças”

Onde: UFSB– Auditório do campus Jorge Amado

Quando: 24 de outubro

Horário: 19h

Sobre as Escritoras que estarão na UFSB

Foto: Ana Lee

Daniela Galdino (BA). Poeta, Performer e Profa. de Literatura na UNEB. Nascida em terras grapiúnas, costuma se espalhar pelo mundo. Em 2014 idealizou o projeto Profundanças. Publicou ‘Inúmera’ (2011, 2013, Mondrongo) e ‘Vinte poemas caleiDORcópicos’ (2005, Via Litterarum). Participou de antologias, dentre elas, ‘Autores baianos’ (P55, Secult-Ba, 2013), ‘Fora tema’ – cartonera (Funceb, 2016), ‘Revista Organismo’ (ed. Organismo, 2015). Tem poemas na versão impressa e eletrônica do Mapa da Palavra_Ba (Funceb, 2016). Em 2013, por ocasião da Feira de Frankfurt, realizou circulação literária na Alemanha. Mantém o blog: www.operariadasruinas2.blogspot.com

Izadora Guedes (BA) é escritora e pandeirista. Nascida em Itabuna-Ba em dezembro de 1988. Leitora voraz de literatura e filosofia desde a infância. Seu primeiro trabalho público como escritora ocorre em 2015, com a peça Somos Todas Clandestinas, em que assina o roteiro junto com Maíra Guedes. A peça esteve em cartaz em 2015 e 2016 em Salvador-Ba. Recentemente publicou o minilivro Izadora Guedes/Roney George, em que estreia com poemas de sua autoria realizando um intenso diálogo com as ilustrações do artista plástico Roney George.

Foto: Adrian Greyce e Rodrigo Iris

Larissa Pereira, baiana de Ipiaú, tem 36 anos e é mãe de um menino, Sol Benedito. Se salva na palavra, que arde como fogo dentro de si. É professora, mas a dor de ensinar a pegou no meio do caminho, está afastada da sala de aula. O amor é a coisa mais linda do mundo (diz). Desde que entendeu que a sanidade é acidente, criou um blog. Deixou ele dormir, mas agora está querendo acordar. http://quasequasesa.blogspot.com.br/. Profundanças 2 é a sua primeira participação em antologia literária.

Foto: João Santana

Miriam Alves (SP). Graduada em Serviço Social pela FMU. Participou de várias antologias de poemas e contos no Brasil e exterior. Uma das percursoras dos Cadernos Negros (publicação iniciada em 1978). Integrante do Quilombhoje Literatura, de 1980 a 1989. Publicou: Momentos de Busca, poemas 1983; BrasilAfro, ensaios, 2011; Mulher Mat(r)iz, contos,2012; Bará na trilha do vento, romance, 2015.

 

Sobre a Fotógrafa

Andreza Mona (BA). Essa soteropolitana, que já se esquentou na região sisaleira e atualmente se metamorfoseia no litoral sul baiano, quer ter o mundo como quintal de si. Graduada em Comunicação Social (UESC), essa insistente, que tem o verbo solto, acredita na produção como forma de contribuir para boas mudanças e usurpa a capacidade de preservação da fotografia para capturar essências do que nem sempre são lembradas. Redescobriu a beleza do encontro com suas raízes ancestrais e crê que seus cachinhos são uma forma de proteção. Membro do Coletivo Alumiar. Atuou na produção do Festival de Cinema Baiano (FECIBA), Projeto Pirilampo e Exposição Fotográfica “Porto de Trás: imagens de um quilombo urbano”. Tem circulado com a exposição fotográfica Elekô.

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